Pontuar um texto requer cuidado e atenção, para não alterarmos o sentido da nossa mensagem, ou pior, expressar algo oposto ao que seria nossa intenção. Em 2008, ao comemorar 100 anos de existência, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) lançou, em parceria com o Grupo ABC, uma campanha publicitária para destacar a importância do uso da vírgula, pois, dependendo de como empregamos esse aparentemente singelo sinal de pontuação, podemos alterar completamente uma informação.
Para introduzir o assunto, transcrevemos a seguir o texto, de domínio público, divulgado na ocasião. Mesmo que muitos dos senhores já possam ter lido, nunca é demais relembrar. Afinal, como bem sabemos, a repetição e consequente memorização também é um método efetivo de aprendizagem, não é?
Sobre a Vírgula
(Campanha dos 100 anos da ABI – Associação Brasileira de Imprensa)
A vírgula pode ser uma pausa… ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
R$ 23,4
R$ 2,34
Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
A vírgula pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso, só ele resolve.
E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo!
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude nem uma vírgula da sua informação.
Em 16 de maio de 2018, o site Trem das Gerais, publicou esse texto com estas considerações adicionais:
“Moral da história:
A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos a pontuação.
Pontue sua vida com o que realmente importa.
Isso faz toda a diferença!”
Esse foi só um aquecimento. Nas próximas publicações, veremos com mais detalhes o emprego da vírgula.
Texto selecionado por João Rodrigues de Jesus e Vera Lucia Emidio