LEMBRE-SE:
Devo dizer:
MEIO NERVOSA? ou MEIA NERVOSA?
A palavra “meio”, nas expressões acima, modifica o adjetivo “nervosa”. O termo que modifica um adjetivo é o advérbio, o qual é invariável em gênero e em número. Por essa razão, “meio”, advérbio de intensidade equivalente a “mais ou menos”, “um pouco”, deve ser empregado no masculino e no singular, invariavelmente. O correto, portanto, é dizer “meio nervosa”.
Veja os exemplos a seguir, em que “meio” também é um advérbio.
“Os eleitores tendem a se arrepender de suas decisões meio precipitadas, tomadas sem refletir sobre a conduta pregressa de certos candidatos.”
“Muitos alunos ficam meio inseguros quando participam da prova oral.”
Como numeral fracionário equivalente à “metade” de uma unidade, a palavra “meio” concorda com o substantivo a que se relaciona.
“Compramos meia melancia.” (meia = metade)
“Saímos da reunião ao meio-dia e meia (hora).”
Enquanto adjetivo modificador de um substantivo, “meio” varia em gênero e em número nas seguintes acepções: “evasivo”, “dúbio” “moderado”, “comedido”, “entre dois extremos” (exatamente “a meio de”).
“Aquele promotor não é de meias-palavras, vai direto ao ponto.”
(meias-palavras = palavras evasivas)
“Todos perceberam que aquele político fez um discurso repleto de meios-termos.” (meios-termos= palavras dúbias)
“Quem é radical não consegue encontrar um meio-termo para discutir política de forma saudável.” (encontrar um meio-termo = ser comedido)
“Pelas ideias expostas, podemos dizer que ele está no meio-termo entre a crença e a descrença.” (está no meio-termo = está entre dois extremos: a crença e a descrença)