Pioneira entre as Escolas da Magistratura dos Tribunais Regionais Federais, a Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3.a Região (EMAG) foi instituída pela Resolução n.o 7, aprovada pelo Plenário do Tribunal Regional Federal da 3.a Região (TRF3) em 28 de junho de 1991.

Desde então, o mundo transformou-se intensamente e passou a exigir das organizações respostas cada vez mais rápidas e efetivas para adaptação aos novos tempos.

Basta lembrarmos que, em agosto de 1991, apenas dois meses após a edição do normativo que criou a EMAG, surgiria o primeiro website, ou seja, o primeiro endereço que permitia o acesso de diferentes computadores, representando o embrião da rede mundial de computadores. Hoje, o mundo começa a vivenciar experiências como a realidade virtual.

Nessas três décadas, a Escola trilhou uma consolidada trajetória de excelência, acompanhando a velocidade das mudanças em prol de uma educação judicial de qualidade.

Em março de 2020, quando recebemos a missão de dirigir a EMAG no biênio 2020-2022, estávamos cientes do imenso desafio de preservar a história de êxitos e, ao mesmo tempo, promover inovações para sintonizar a instituição com os tempos atuais.

O momento pandêmico elevou a proporções gigantescas o desafio de compatibilizar preservação do legado e necessidade de inovação.

A diretoria da EMAG para o biênio 2020-2022 foi designada por Ato da Presidência do TRF3, em 13 de março de 2020. No mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde declarava a pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus SARSCoV-2.

Por força das circunstâncias, todos os eventos da Escola, nos últimos dois anos, foram realizados na modalidade on-line ou a distância. Anteriormente, a prática habitual era a realização de ações presenciais, em sua imensa maioria. Com a declaração da pandemia, de inopino foi preciso modificar profundamente o planejamento e a execução das ações formativas.

Nesse contexto, as redes sociais adquiriram especial relevância no relacionamento da EMAG com o seu público. O número de seguidores do canal institucional no YouTube dobrou em dois anos, passando de 2,4 mil, em março de 2020, para 4,61 mil, em fevereiro de 2022. Logo no início da gestão, foi criado o perfil oficial da Escola no Instagram, que, em fevereiro de 2022, contava com 1,340 mil inscritos. Em março de 2021, a Escola também instituiu o seu perfil no Twitter.

No campo temático, seguindo as diretrizes da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), buscamos prestigiar a formação humanística, com reflexões aprofundadas sobre temáticas contemporâneas como gênero, raça e diversidade.

Também receberam atenção redobrada por parte da EMAG o planejamento e a execução de ações formativas sobre a utilização de novas tecnologias em atividades jurisdicionais, em especial Inteligência Artificial, Visual Law e Processo Judicial Eletrônico.

Temas jurídicos relevantes, como Improbidade Administrativa, Reforma do Processo Penal, Direito Aduaneiro, Direito dos Povos Indígenas, Justiça Restaurativa e Reforma da Previdência, foram igualmente contemplados na grade de eventos.

No biênio, tive a honra de ser nomeada Conselheira da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e de coordenar a Comissão de Equidade de Gênero do TRF3, posteriormente ampliada para envolver também raça, pela Portaria Pres n.o 2475, de 13 de dezembro de 2021.

Este relatório sintetiza as realizações da EMAG nos últimos dois anos, no cumprimento de sua missão: “Favorecer a construção e a difusão do conhecimento, propiciando situações de aprendizagem que contribuam para a seleção, a formação, a atualização e o aperfeiçoamento de magistrados, com vistas ao atendimento dos anseios da sociedade por uma prestação jurisdicional rápida e efetiva”